A eterna criança que vive em nós
- Davi Roballo
- 30 de jan. de 2014
- 1 min de leitura
Atualizado: 10 de ago. de 2021

Quantas vezes trememos
No silêncio da escuridão,
Na qual, um grito opresso
Estanca a garganta
Da criança interna
Que deseja mais que tudo
Chamar os pais,
Visto que se sente só
Sem o calor e o aconchego,
Sem a segurança de um colo,
Sem o amor de um abraço macio.
Quando acordada essa criança
Percebe que viver de olhos abertos
É o maior de todos os perigos,
Em cada esquina um desafio,
Em cada desafio um amadurecer
E, em cada amadurecer
Um encontro consigo mesmo,
Em cada encontro um novo medo,
Visto que, nos ver como realmente somos,
Assusta-nos, desespera-nos
Ante a frustração de não sermos o que
Pensamos e desejamos ser.
E a criança que é só meiguice e candura
Busca o exílio do mundo adulto, alienado
E desumano escondendo-se da multidão
Dentro dela mesma,
E assim ela vive em suas profundezas
Procurando seus antigos sonhos
Há muito perdidos em algum lugar,
Pois seu desejo é manter sua inocência,
Sua liberdade de ser criança,
Ela, quer simplesmente viver.
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