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A NOITE E O SILÊNCIO




O silêncio é mais intenso nas noites

Porque a lua e as estrelas

Refletem segredos íntimos

E o brilho dos mistérios.


Na profundeza do universo,

Que se revela diante dos olhos

Há espaço apenas para a vigília

E o espanto por aquilo

Que é maior que a presunção do homem,

E nem por isso o engole de imediato,

Mas aos poucos, qual areia que sopra o vento.


A noite assusta, espanta

Porque é tecida pelo silêncio,

E o silêncio fala mais que as palavras,

Mais que os livros

E muito mais que as imagens,

Isto é, a noite não diz o que pensa,

Apenas reflete no silêncio

As nuances da consciência do homem.


A noite chega, se assenta

Sobre a calor do dia

E se põe a repassar as horas

E os momentos vividos;

Torturas ao homem insone,

Que procura aqui e ali,

Analgésicos no sono.


A noite parte assim como chega

Quando o sol adentra os olhos

Trazendo novas esperanças

E um novo mistério,

Nas asas do canto alegre dos pássaros.


O dia avança

E nada pode retardá-lo,

Pois há um contrato com a noite,

Nada mais, nada menos

Que o dia produzir luz e alegria

E a noite a tristeza e as trevas,

Por isso, não se pode atrasá-lo.


Vai-se o dia

E a noite chega novamente ao fim da tarde

Anunciada pelo canto triste dos pássaros.


 
 
 

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