Ao deus cristão
- Davi Roballo
- 2 de mai. de 2013
- 1 min de leitura

Daqui desta esfera microscópica,
Entre as microscópicas centelhas universais
Sinto cheiro acre e a lascívia de teu despotismo.
Entre as estrelas Contemplo teus olhos marejados de sangue,
De ira, de vingança E sanção impiedosa e inclemente
A teus filhos imperfeitos, Rebentos de tua imperfeição.
Como amar-te? Se preferes que te temas!
Amar e temer São como água e óleo…
Onde há amor, Senhor deprimente
Não há espaço Para o medo e a temeridade,
Onde há temor, Não existe espaço
Para o amor Embalado pela liberdade Por isso prefiro amar O deus que há em mim O meu deus EU, Que vai além do meu peito de carne O meu próprio deus que desconheço Pois que ainda não conheço-me Mas que me dá a certeza De ser EU uma divindade Que é soberano Somente no universo De meu próprio EU Pois que o resto É pura invenção É tudo bobagem…
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