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Aurora


Quando se desperta de profundos sonos

Mais próxima se faz a claridade

Mais se avizinha a loucura

Mais distante ruma o torpor

Mais longe foge o sono

Pois que viver  de luzes

É enlouquecer e embriagar-se

De tanta lucidez

É iludir a ilusão

A perseguir a própria sombra

Até desaparecer na imensidão.

 
 
 

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