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Da dor e da arte de escrever


Escrever

Aos olhos alheios

É beleza, puro encantamento

Na pele e sensação do artista

É regurgitação, um vômito

Do que há em demasia

Diante dos olhos

E por dentro.

Escrever é uma obrigação

É moeda de troca por paz

Diante do tormento

De ver além da vidraça

A realidade destruindo

A fantasia ao relento.

Quem escreve

Sem sentir dor

É como flor de plástico

Que não morre, não sente

Pois não exala perfume

Muito menos calor…

Escrever com alma

É escrever com o sangue

Das próprias feridas

É beber o salgado das lágrimas

Para matar a sede salgando a saliva

Mesmo assim, apesar de tudo

Dizer sim mais uma vez à vida.

 
 
 

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