Da dor e da arte de escrever
- Davi Roballo
- 26 de jan. de 2014
- 1 min de leitura

Escrever
Aos olhos alheios
É beleza, puro encantamento
Na pele e sensação do artista
É regurgitação, um vômito
Do que há em demasia
Diante dos olhos
E por dentro.
Escrever é uma obrigação
É moeda de troca por paz
Diante do tormento
De ver além da vidraça
A realidade destruindo
A fantasia ao relento.
Quem escreve
Sem sentir dor
É como flor de plástico
Que não morre, não sente
Pois não exala perfume
Muito menos calor…
Escrever com alma
É escrever com o sangue
Das próprias feridas
É beber o salgado das lágrimas
Para matar a sede salgando a saliva
Mesmo assim, apesar de tudo
Dizer sim mais uma vez à vida.
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