Da luz e da escuridão

A ignorância é uma dádiva,

Porque na escuridão todos se tornam iguais…

É no escuro que desaparece do homem

Toda insanidade da inexistente superioridade;

Esse devaneio que separa humanos em matizes:

Branco, negro, amarelo, vermelho…

É no escuro que se apaga todo conceito de beleza

E toda maldição apregoada a um conceito de feiura…

É no escuro que o homem passa a ser o que realmente é:

Uma triste figura, um animal escravo do próprio instinto…

A luz é algo que enlouquece o homem

 Atormentando-o com mil ilusões

E mil e uma alucinações.

Em seu estado de loucura

O homem separa outros humanos por cor

E entre as cores separa por classe social,

Dentro da classe social

Classifica-os em espertos e idiotas…

A luz é a fonte de loucura do homem,

Com ela tudo é pautado na insanidade,

Nela nascem conceitos e preconceitos,

Pois é na luz que o homem descobre

E apaixona-se pelo próprio umbigo…