Da vida e da morte
- Davi Roballo
- 25 de out. de 2013
- 1 min de leitura

Viver com prazer, alegria e sem medos
É ter o horizonte que se descortina
Revelando paisagens proibidas
Cenários divinos e estonteantes
Feitos de canteiros de verdades.
Oh! Alegre dor em pensar.
Cego não enxerga, só tateia
Mudo não fala, só gesticula
Surdo não ouve, só entende sinais
O homem em relação à morte,
Surdo, mudo e cego jaz
Oh! Alegre dor em pensar.
Ilusão de continuidade
Ópio para fugir da realidade
Que tudo consome e destina fim
A Terra vai bem sem o homem
Que sem a Terra tem seu fim
Oh! Alegre dor em pensar.
A vida surge, seu destino um fim…
A morte nasce com a vida e cresce
A ampulheta começa esvaziar-se
Não há o que impeça sua sina
Aproxima-se então a sombra do nada.
Oh! Alegre dor em pensar.
Viver é fingir que somos imortais
Mas a cinza e os ossos são demais
Para nosso tormento ao ver no espelho
Abrir um sorriso, a sombra do nada
A dizer: nada podes levar, nada terás,
Nada serás, pois não existirás hahahaah
Oh! Alegre dor em pensar.
Viver é ter e desfrutar de prazer
É fazer do nada ao menos pegadas
Por onde passou, por onde andou…
É se fazer marca nas pessoas que amou
Pois enquanto estiverem no nada e tu já for
Ficarás com elas ao menos nas lembranças sem dor.
Oh! Alegre dor em pensar.
Da vida e da morte
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