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De quem é o conhecimento


De quem pode ser o que escrevo?

Se nem mesmo a tinta me pertence,

Nem mesmo eu pertenço-me…

Será que escrevo para todos

Ao mesmo tempo em que escrevo

Para ninguém?

Pois há tanta contradição em cada linha,

Em cada pingo de tinta

Que cai do papel encharcado

Tingindo o chão,

Borrando meu caminho

Onde deixo pegadas

De passos cambaleantes,

Noutras vezes firmes

E novamente oscilantes,

Três passos para trás,

Um passo para frente…

 
 
 

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