Desistência
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

Descansou dos homens
Aquele que tentou entendê-los
Desistiu por não encontrar
A trilha que o conduzisse
Ao seu objetivo.
Cegas são as veredas que tentou transpassar
Com seu lume de racionalidade
Só encontrou quem tentasse apagá-lo
Mas ninguém para acompanhá-lo
Acomodados na mesmice a ignorá-lo.
Retornou para seus mares livres e azuis
Solitário vive humano a distanciar-se da terra
Onde predomina aqueles que temem
O mergulho dentro dos abismos
Que jazem além do peito de carne.
Há solidão? Claro que não!
Vive livre como os pássaros
Sem vinculo com a credulidade
Daquilo que prende os homens
Em nome da inexistente liberdade…
Conquistou um degrau
Embora não consiga deslumbrar
O fim dessa escadaria que percorre
Por ter perdido o medo de perscrutar
O além horizonte de sua mente.
No peito ainda há angustia
Da partida sem volta de quem
Adentra o próprio mar
Em novas descobertas
Em calmas águas e preamar.
Não há saudade da terra dita firme
Somente o lamento dos barcos
Encalhados que se vê nos bancos de areia
Por falta de coragem de seus pilotos
Em dissecarem-se a si mesmos.
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