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Desistência



Descansou dos homens

Aquele que tentou entendê-los

Desistiu por não encontrar

A trilha que o conduzisse

Ao seu objetivo.

Cegas são as veredas que tentou transpassar

Com seu lume de racionalidade

Só encontrou quem tentasse apagá-lo

Mas ninguém para acompanhá-lo

Acomodados na mesmice a ignorá-lo.

Retornou para seus mares livres e azuis

Solitário vive humano a distanciar-se da terra

Onde predomina aqueles que temem

O mergulho dentro dos abismos

Que jazem além do peito de carne.

Há solidão? Claro que não!

Vive livre como os pássaros

Sem vinculo com a credulidade

Daquilo que prende os homens

Em nome da inexistente liberdade…

Conquistou um degrau

Embora não consiga deslumbrar

O fim dessa escadaria que percorre

Por ter perdido o medo de perscrutar

O além horizonte de sua mente.

No peito ainda há angustia

Da partida sem volta de quem

Adentra o próprio mar

Em novas descobertas

Em calmas águas e preamar.

Não há saudade da terra dita firme

Somente o lamento dos barcos

Encalhados que se vê nos bancos de areia

Por falta de coragem de seus pilotos

Em dissecarem-se a si mesmos.

 
 
 

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