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Despertar…



Na bruma cinzenta da manhã Retorno das planuras libertas Onde busco rasgar horizontes Tendo o espírito cicerone Em busca do primeiro cintilar E a razão de aqui no pesado Solo estar a consumir os dias. Liberdade! Clama meu âmago No consolo único de horas de sono, Torpor necessário, para ludibriar A loucura, que me ronda sem trégua Ameaçando-me com a realidade Fria e amarga dissimulada em Doces e pinturas em belezas artificiais. A ilusão e medo escravizam-me aqui Por ser pesado, submisso a gravidade Sem a liberdade e leveza dos ares, Acreditando no inconcebível e milagres Em troca de alívio para a alma cansada de luta A ignorar que ela só cresce na labuta. Oh! Acomodação teimosa a irromper-me O espírito em medos do desconhecido. Nas arenas de minha alma, dois caminhos: Andar conquistando força no horizonte, Em busca de fuga dessa limitação esférica, Prisão de minha alma, filha do universo Desnaturado, que não importa-se Com este refém da grosseira gravidade. Ou plantar-se num determinado Local arejado, com sombra, vivendo Como arvore, enquanto que em volta Tudo muda, tudo se transforma…

 
 
 

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