Do homem e da alimentação
- Davi Roballo
- 11 de ago. de 2009
- 1 min de leitura

O homem vai vivendo E dele mesmo escondendo Que para viver dia-a-dia Tem de matar, por fim A uma outra vida Que nada, que voa Que berra, que pia…
E assim vai nesse turbilhão Sugando a alma e a carne De seus irmãos Ditos filhos da criação Mas, melhor ser cego Do que ver essa contradição.
Pois não o que desejas Canibal irmão? Um bife de defunto suíno? Ou quem sabe uma porção De feto bovino ou algo vitelino Em deliciosa preparação?
O que queres meu irmão? Quem sabe então um patê De fígado inchado de pato doente Para passar no pão? Mas se és importante Tenho ovas de esturjão.
Não, não fique enjoado irmão! Existe um segredo para não passar mal É esquecer de onde vem tua alimentação E lembrar sempre que és o centro da criação, E que tudo que nada, que voa, que anda e rumina Não tem alma, sentidos, muito menos coração…
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