Efêmero
- Davi Roballo
- 19 de ago. de 2016
- 1 min de leitura

Tudo é temporário,
Tudo acaba, tudo é transitório.
Cá diante de um espelho percebo que mudei,
Não sou mais o mesmo,
O que fui ontem
Se parece a uma peça de roupa
Fora de moda,
Incômodo de um sapato
Que aperta os dedos.
Pudera ser sempre o mesmo,
Mas o vento constantemente muda,
O Sol alterna seu posto no céu com a Lua,
Enquanto as ondas do tempo
Vão apagando minhas pegadas
Deixadas nas areias do mar da vida…
A cada respirar
Sinto-me menos terra
E mais contemplação,
Meus passos sem desespero
Cochicham que mesmo eu não desejando
A cada movimento vou diminuindo meus dias,
Mas há um afago nessa inevitável caminhada:
Estou carregando menos pesos da vida…
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