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Impossível


Queria tanto te esquecer,

Apagar-te de minhas linhas,

Mas cada vez que tento este intento

Acabo desaparecendo junto contigo,

Pois já não sei mais onde em mim

Tu começas e onde minha alma termina.

Queria tudo diferente

Sem longe nem perto

Sem oásis, sem deserto,

Apenas eu e tu

Juntos n’algum ponto

Tendo apenas o céu como teto.

Queria não sentir a ausência

De teu calor e nem o

O vazio de tua ausência.

Queria não sentir saudade,

Essa dor dilacerante que o peito invade,

Angustia pungente

Que me reduz à metade… 

Queria não conhecer a angústia

Que emudece meu peito

E faz afogar-me em meu próprio

Pranto contido

Que se derrama por dentro

E inunda minha alma,

Que incerta e cambaleante

Trafega pela vida

Em suas vias escuras

A procura de tua luz e calor

Para aquecê-la…

 
 
 

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