Incompreensão
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

O beija-flor que esvoaça pelo prado
A sugar o mel de flor em flor;
Dizem que tornou-se frívolo
Desde que por incompreensão
Perdeu um grande amor.
Apaixonou-se por uma maritaca
Que, o seu amor correspondeu.
Surgiu ali um grande sentimento
Entre duas diferentes espécies
Que ninguém compreendeu.
Era tanta felicidade
Que logo acharam defeito
Argumentando nos cantos:
Que, em diferença de idade
E de espécie não há lugar para o amor.
Assim diziam os mal amados
No despeito de serem escravos da dor.
Foi tanto desprezo e troça
Dispensados a maritaca
Que ela não suportou
Procurando um riacho
Em suas águas se afogou.
Desde então o colibri asceta
Voa de ponta a ponta o prado
Inebriando-se no néctar de flor
Pois, passou a viver alucinado
A procurar em vôos infindos
Vestígios de seu grande amor.
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