INOCÊNCIA
- Davi Roballo
- 25 de set. de 2021
- 1 min de leitura

Sou aquele que criança foi,
Criança que via tudo aquilo
Que diante de seus olhos fugia,
Criança inocente que corria
Pelos prados floridos da utopia.
Hoje, adulto antevejo tudo que vejo,
Mas não alcanço o que desejo,
Pois é preciso pernas longas
Para saltar sobre determinadas
Cercas e rios, além do mais,
Na maioria das vezes na outra
Margem não se encontra aquilo
Fielmente igual ao que se viu.
É preciso voltar a sonhar,
Mas a vida adulta não cede espaço,
A ganância e seu desejo em ter
Entorpece a alma
E envolve o corpo pelo cansaço.
Quando criança eu sonhava
E encontrava tudo que desejava,
Tudo aquilo que queria,
O desejo era apenas ter alegria.
Eu era inocente e de inocência vivia,
Mas, dor de alma sequer conhecia.
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