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INOCÊNCIA



Sou aquele que criança foi,

Criança que via tudo aquilo

Que diante de seus olhos fugia,

Criança inocente que corria

Pelos prados floridos da utopia.


Hoje, adulto antevejo tudo que vejo,

Mas não alcanço o que desejo,

Pois é preciso pernas longas

Para saltar sobre determinadas

Cercas e rios, além do mais,

Na maioria das vezes na outra

Margem não se encontra aquilo

Fielmente igual ao que se viu.


É preciso voltar a sonhar,

Mas a vida adulta não cede espaço,

A ganância e seu desejo em ter

Entorpece a alma

E envolve o corpo pelo cansaço.


Quando criança eu sonhava

E encontrava tudo que desejava,

Tudo aquilo que queria,

O desejo era apenas ter alegria.

Eu era inocente e de inocência vivia,

Mas, dor de alma sequer conhecia.

 
 
 

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