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Inocência perdida


Vejo que os números

Consomem teus pensares

No rol dos dias que te carregam

Nos braços da preocupação

Deixando um gosto de angustia

No canto de tua boca.

Saia dessa! Venha

Deixa falar-te a infância

Ignorada pelos dias

De tua vivencia.

Convido-te agora

Para laçarmos duas estrelas

E dependurarmos nelas a lua

Fazendo dela nossa namoradeira

E juntos sorrirmos como crianças

Apontando para o céu

Contando as estrelas…

Pois na vida tudo é magia

Nada nos impede

De voltarmos à inocência

Dos pequenos, a navegar,

Entrelaçados nas águas

Da fantasia…

Só assim seremos

Livres a reviver

Os caminhos perfumados

Da quimera sabor de nostalgia

Que ficou arquivada no tempo

Em que tudo era belo

Tudo era alegria

Sem o compromisso

Que rouba-nos

A beleza das flores

E o canto dos pássaros

Anunciando um

Novo dia…

 
 
 

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