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INTERPRETAÇÕES



Um sem número de interpretações pairam sobre os escritos daqueles que dão voz ao silêncio que reveste as paredes dos meandros da vida do ser humano.


Não queiram, pois, interpretar as letras de um poeta de forma única e equânime, visto que não é possível ter uma única interpretação de silêncios represados que fogem através de poemas.


Cada um interpreta o que lê a altura de suas dores secretas e alegrias que flutuam sobre a superfície dos sonhos e dos segredos.


O poeta ao buscar entender-se lança da seara das indefinições sementes para que lendo o leitor busque entender a si mesmo, visto que, quem lê e quem se instrui procura por si mesmo.


Não esperem conversão ou a salvação nos escritos de poetas, mas a perdição, a linha sinuosa, as curvas e quase nada de retas.


Não esperem dos poemas somente a água plácida dos lagos de água doce, mas um misto de calmaria e procelas de mares bravios e salgados.


Poetas encontra-se sempre perdidos, por isso estão sempre caminhando e absorvendo novos ares e novas paisagens, se tornando ainda mais fortes a cada tombo e a cada derrota.


Poetas não são estáticos. A linha reta e a estabilização é para quem não tem coragem de aceitar a vida como ela é, ao avistá-la sempre da mesma janela, enquanto sorve sempre a mesma água.


Poetas, poesias, poemas vivem em movimento aos brados de: Sim à vida!

 
 
 

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