Inventário do tempo
- Davi Roballo
- 28 de mai. de 2013
- 1 min de leitura

Em frente… avante…
A única direção construtora do tempo.
Quanto ao passado
É só dispersão, do que foi
Do que se perdeu,
São rastros do próprio tempo
Que nem o sol, nem a chuva apagam.
Mesmo quando me recuso
Aceitar a sua altivez indiferente
O tempo prossegue avante
A ignorar-me, a desgastar-me
A pele, minhas forças,meu sopro de vida
Enquanto arrasta-me por sua senda…
Mas nem tudo são espinhos no tempo
Pois por ele fui criança e brinquei de ciranda
Brinquei na chuva e rebelei-me na puberdade
Por ele ter me tirado a fantasia
Substituindo pela noção
De inicio e fim de um dia…
E as responsabilidades
Que estrangularam a criança
Agora feito pássaro
Presa na lembrança.
Pudera ignorar o tempo
Mas não há como
Pois que ele está em mim
E eu nele.
Comments