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O PORQUE DE VERMOS DEUS A NOSSA IMAGEM E SEMELHANÇA


Tudo aquilo ocorre em volta de cada um de nós é penas um reflexo de nossa alma. Nossos sentidos são totalmente fieis aos fios invisíveis que ligam nosso corpo a nossa alma e ao nosso estado de espírito.


Certa vez eu caminhava à beira de um pequeno riacho acompanhado de uma pessoa querida, que em estado de êxtase pela graça da vida, via, percebia e sentia beleza em tudo.


Eu, por minha vez naquele périplo conseguia apenas ver o lixo acumulado e animais mortos naquela torrente d’água, nem mesmo entendi quando minha companhia agachou para cheirar uma solitária flor que lutava pela vida tendo suas raízes mergulhadas entre as pedras.


O tempo passou e então fui perceber, que, o que vi, naquela oportunidade pretérita, foi o reflexo de desencontros que haviam em meu interior. A vida se encarregou de trazer até mim uma incontestável verdade: tudo aquilo que vemos, sentimos e pensamos, é na verdade, reflexo daquilo que possuímos como bagagens de vida, bagagens que temos por dever substituir paulatinamente por outras mais leves.


Nas bagagens acomodadas no bagageiro do trem de nossa vida estão também as concepções em relação ao divino e aos mistérios, baseados nelas é que vamos fazer ecoar por nossas bocas e atos o que entendemos sobre o universo, sobre as coisas sacras e indubitavelmente sobre Deus.


A concepção de Deus é algo totalmente individual, pois não é unânime, isto é: a ideia que fazemos de Deus é um retrato daquilo que somos, ou seja, uma pessoa má, vê em Deus um ser mau e vingador, uma pessoa boa vê em Deus um ser bom e justo, isso acontece porque costumamos medir as pessoas e o sagrado com a mesma régua que medimos a nós mesmos.


Leva determinado tempo para percebermos o antagonismo em que a vida transcorre, isto é, somos fisicamente ínfimos ante o universo e a complexidade material que o compõem, no entanto, somos algo indecifrável e envolvidos por mistérios incomensuráveis, porque, queiramos ou não, estamos em Deus e Ele está presente em nós.


É preciso, pois, caminhar com os olhos límpidos e abertos ante as coisas e o coração escancarado para os sentimentos, sem o medo e o egoísmo em desejar ser amado, apenas ser amor, algo totalmente desconectado das opiniões circundantes.


A máxima “VÓS SOIS DEUSES” está entre as maiores verdades deixada por aquele que a proferiu. A cada um de nós cabe vivenciar e ampliar o que há de divino em nosso interior, muitas vezes sufocado, soterrado por sentimentos que aprisionam a alma e o espírito ante a tudo aquilo que nos faz bem sem prejudicar o outro.


Se faz necessário retirar a poeira da tela da vida e pintá-la com cores que estejam em harmonia com o divino. É preciso ignorar a moldura, porque ela é apenas um adorno, não representa o que realmente somos e as oportunidades que existem nos pinceis que possuem o poder de nos transformar, bastando para isso, a vontade em se transformar dia a dia. Somente assim, vamos aos poucos perceber e vivenciarmos a verdadeira imagem de Deus que habita em nós e não a pintura marejada e equivocada que fazemos Dele.


 
 
 

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