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O rio que há em mim




Há dias tão pesados e tristes


Que sou forçado a perguntar-me:


Porque a noite existe?


Noite vestida de silêncios e rodeada de estrelas,


Pajem de minha insônia


Às vezes te amo e contigo escrevo


Meus encantos, meus devaneios,


Noutras vezes te odeio, navalha fria de fino fio,


Pois retalhas minha alma ao mostrar que sou um rio


Com muita água suja e criaturas selvagens,


Rio que flui em direção ao mar, mar imponderável,


Mar que aceita e depura as águas contaminadas dos rios,


Mar em que me espera outra parte de mim mesmo…




Davi Roballo______

 
 
 

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