O rio que há em mim
- Davi Roballo
- 25 de nov. de 2016
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Há dias tão pesados e tristes
Que sou forçado a perguntar-me:
Porque a noite existe?
Noite vestida de silêncios e rodeada de estrelas,
Pajem de minha insônia
Às vezes te amo e contigo escrevo
Meus encantos, meus devaneios,
Noutras vezes te odeio, navalha fria de fino fio,
Pois retalhas minha alma ao mostrar que sou um rio
Com muita água suja e criaturas selvagens,
Rio que flui em direção ao mar, mar imponderável,
Mar que aceita e depura as águas contaminadas dos rios,
Mar em que me espera outra parte de mim mesmo…
Davi Roballo______
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