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Paixão


Paixão, fera indomada,

Com pés de algodão.

É na calada da noite;

Que chegas de mansinho;

Para assaltar-nos os sentidos

E roubar-nos a razão.

Fera paciente a espera de deslize;

Para engolfar um carente coração;

Ai daquele que não te manter ao pulso;

Com rédeas curtas, precipício de ilusão.

Ah! Quanta cabeça já volvesse?

Diga. Síndrome de inação!

Bandida! Pusilânime a condenar

Ao claustro e a escuridão de teu ventre;

Tuas vitimas, que tornam-se escravas,

Maldita e algoz paixão!

 
 
 

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