Penélope
- Davi Roballo
- 6 de mai. de 2014
- 1 min de leitura

Quanto nó
Quanto ponto desfeito
Ao tecer a mortalha de Laerte
Remediando o tempo
A espera de Ulisses
Postergando o intento
Dos pretendentes.
Por vinte anos
Manteve-te casta e prudente
A espera do marido
Que em Troia por dez anos
Fora combatente.
O bravo Odisseu
Que a Poseidon afrontou
E por mais dez anos
Pelo mar se perdeu
E em cada ilha
Uma ninfa, uma deusa
Ou uma rainha
Em seus braços aqueceu.
Penélope ícone da prudência
Vinte anos a espera de teu afeto
Em terno amor e paciência
Enquanto ele te traia pelo trajeto.
Penélope rainha prudente de Itaca
O tempo passou
A ruga apareceu
Mas Ulisses em teu coração
Não morreu.
Vinte anos de espera
Enfim, Ulisses apareceu
E não te contou
As aventuras outras
Que ele viveu…
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