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Retenção de vida


A mente sabota

O que o corpo clama

Mas chega um dia em que

Nem água apaga a chama

Pois tudo que é retido

Um dia estorna e derrama

Assim como a sede

Pede água

E o sono a cama

Há um limite

Que sacia a sede

E dá ao sono a cama

Nem longe, nem perto

Nem solto, nem aperto

A vida pede passagem

Entre um sim e um não

Uma medida que não estanca

O fluir dessa viagem

 
 
 

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