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Sísifo


Uma pedra numa montanha

Na terra dos mortos

Sobe e rola abaixo

Precipita-se no declive

E mais uma vez

Está Sísifo no revide

Condenado pela eternidade

Nesse intento

Tem como castigo

O tormento

De não aferrar

A pedra no topo

Assim Sísifo vive

Um eterno retorno

Na mesma montanha

Com a mesma pedra

Numa repetição contravim

Num sem sentido

Do sentido

A viver as voltas

A espera de um fim.

 
 
 

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