VIVER É SIMPLESMENTE VOAR

Inúmeras são as conquistas possíveis a respeito das realizações pessoais ligadas ao sucesso e ao triunfo material, tanto quanto espiritual, bastando para isso o empenho em respeitar os códigos que conduzem a isso.

Cabe ressaltar que esses códigos podem trafegar por campos das vicissitudes como a ambição desmedida, bem como, por caminhos da retidão, da honra e da decência.

Todo sucesso e triunfo material são voláteis e transitórios, não se apegam a indivíduos, costumam mudar de mãos o tempo todo, por isso, ocorrem as atrocidades e determinadas desumanidades para mantê-los, na verdade, falta-lhes algo que os estabilize nas alturas.

No dia a dia tu tens a oportunidade de voar no estrito alcance seguro de tuas asas, no entanto, assim como Ícaro, tu também tens o livre arbítrio para ultrapassar os limites do ponderável, nos quais repousam as consequências advindas de tua astúcia e de tua irresponsabilidade.

Tu podes te tornar grande e adquirir asas ainda maiores, mas se não aprender a voar de forma leve teu esforço será em vão, visto que voar com alma impoluta é amar, e amar sem fronteiras e imposições é voar para além de si mesmo, no entanto, o ego tem de ser deixado de lado, caso contrário, ele vai fazer com que despenques das alturas em uma velocidade maior do que tu chegastes no topo de tuas ambições e de teus sonhos.

O amor é o fator mais estabilizante e perene que pode manter firme a argamassa das relações que ocorrem nas instancias emocionais e espirituais a que tu estás imerso desde que chegastes aqui neste mundo.

Muitas pessoas acabam caindo de forma inesperada de alturas que julgavam seguras. Isso ocorre pela supervalorização e pela falsa noção de autossuficiência, que pensam ter, isto é, quanto mais autossuficiente te sentir, mais peso transportas em tuas asas.

O tempo e sua implacável retidão canalizam as consequências de teus atos de forma que retornem a tuas mãos e ao teu estado de espírito da mesma forma que tu plantaste, e isso tem tudo a ver com a forma em que tu alças voo.

A ninguém foi dado o direito de imunidade contra si mesmo, cada ser humano colhe exatamente aquilo que semeia pelas paisagens por aonde passa voando.

Tudo aquilo que se refere aos teus atos se repete no amanhã, visto que o futuro que permeava o ontem se torna o hoje, período em que estás colhendo a semeadura pretérita.

É inegável e até mesmo irrevogável a lei da vida que estabelece que todo voo tem suas recompensas, porém os aspectos positivos ou negativos dessa colheita repousam sobre tuas asas.

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