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Penas, teclas e canetas



Enquanto continuar

A brotar na paisagem

A vida em transformação,

Haverá a sensibilidade

Do poeta a registrar

A vida em evolução.

Enquanto existir déspotas

E insanos tentando calar vozes,

Estará o bardo sentado sobre

O cume do Everest

Perscrutando os quatro ventos

No horizonte,

Espargindo através deles

Com sua pena,

Os protestos e manifestos

Em prol da liberdade de sua gente.

Enquanto construírem mausoléus

Para os ídolos e mitos,

Ecoara da escrita um grito

Espalhando-se pelo céu,

Só parando quando for provado

Que a parcialidade

Mora acima de nossos chapéus.

Enquanto o descaso

Correr pelas avenidas

De forma velada e dissimulada

Pelas retóricas,

Haverá uma escrita séria

Denunciando e mudando

O curso da história.

Enquanto houver repressão

E crianças com fome,

Haverá sempre uma pena

Em pronto movimento

Desenhando e revelando

O esboço dos tiranos.

Por isso é imprescindível,

Que, canetas, teclas e penas,

Sejam as vozes silenciosas

Em pronto atendimento,

Na forma de égide e espada

Em busca de dignidade

E razão de igualdade

Para a toda gente.

 
 
 

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