Penas, teclas e canetas
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

Enquanto continuar
A brotar na paisagem
A vida em transformação,
Haverá a sensibilidade
Do poeta a registrar
A vida em evolução.
Enquanto existir déspotas
E insanos tentando calar vozes,
Estará o bardo sentado sobre
O cume do Everest
Perscrutando os quatro ventos
No horizonte,
Espargindo através deles
Com sua pena,
Os protestos e manifestos
Em prol da liberdade de sua gente.
Enquanto construírem mausoléus
Para os ídolos e mitos,
Ecoara da escrita um grito
Espalhando-se pelo céu,
Só parando quando for provado
Que a parcialidade
Mora acima de nossos chapéus.
Enquanto o descaso
Correr pelas avenidas
De forma velada e dissimulada
Pelas retóricas,
Haverá uma escrita séria
Denunciando e mudando
O curso da história.
Enquanto houver repressão
E crianças com fome,
Haverá sempre uma pena
Em pronto movimento
Desenhando e revelando
O esboço dos tiranos.
Por isso é imprescindível,
Que, canetas, teclas e penas,
Sejam as vozes silenciosas
Em pronto atendimento,
Na forma de égide e espada
Em busca de dignidade
E razão de igualdade
Para a toda gente.
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