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A coruja


Quão solitária se faz

Esta coruja de nome pensar

E na solidão do solitário

A contemplação tenaz

Observar no largo passar

Cegos conduzindo cegos

Sem direção, sem rumo tomar

Mesmo sendo coruja e a tudo observar

Não lhes pode orientar

Pois mesmo sendo cegos

Haverão de a matar

Então tomada de impotência

Seus olhos observar a marejar

Ao lembrar que já fora um dos cegos

Que vivia nos sonhos a tropeçar

Até que numa chuva de letras

Seus olhos se pôs a lavar

E agora vive acordada

Não quer mais os olhos fechar.

 
 
 

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