A coruja
- Davi Roballo
- 30 de jun. de 2013
- 1 min de leitura

Quão solitária se faz
Esta coruja de nome pensar
E na solidão do solitário
A contemplação tenaz
Observar no largo passar
Cegos conduzindo cegos
Sem direção, sem rumo tomar
Mesmo sendo coruja e a tudo observar
Não lhes pode orientar
Pois mesmo sendo cegos
Haverão de a matar
Então tomada de impotência
Seus olhos observar a marejar
Ao lembrar que já fora um dos cegos
Que vivia nos sonhos a tropeçar
Até que numa chuva de letras
Seus olhos se pôs a lavar
E agora vive acordada
Não quer mais os olhos fechar.
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