Andarilho
- Davi Roballo
- 17 de set. de 2014
- 1 min de leitura

Um dia
Quando vi
Uma caneta e um papel
Algo se apossou de mim
E então como se tivesse
Diante de um espelho
Pus-me a descrever o que via
E as letras como pedaços de minha carne
Dançavam na nudez De uma folha de caderno
Angustias
Incertezas
E amores eternos
Tomavam forma
Nas nuvens
Na abóboda do céu
Desde então
Dizem-me poeta
Mas sou mesmo Quase um menestrel Vivo a cantar odes ao homem Seu valor Sua presunção Sua coragem Assim me fiz andarilho
Que se cansa das mesmas paisagens
Pois procura por si mesmo
Nos corredores da vida
Essa louca viagem
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