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Andarilho


Um dia

Quando vi

Uma caneta e um papel

Algo se apossou de mim

E então como se tivesse

Diante de um espelho

Pus-me a descrever o que via

E as letras como pedaços de minha carne

Dançavam na nudez  De uma folha de caderno

Angustias

Incertezas

E amores eternos

Tomavam forma

Nas nuvens

Na abóboda do céu

Desde então

Dizem-me poeta

Mas sou mesmo  Quase um menestrel Vivo a cantar odes ao homem Seu valor  Sua presunção Sua coragem Assim me fiz andarilho

Que se cansa das mesmas paisagens

Pois procura por si mesmo

Nos corredores da vida

Essa louca viagem

 
 
 

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