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ARMADURAS OCAS




Tenho visto e encontrado

Por minha estrada

Todo tipo de gente.


Pessoas com armaduras ocas

Que continuam vazias

Mesmo com elas dentro.

Mesmo estando nunca estão,

Vivem perdidas alhures

Nos sonhos irrealizáveis.


Pessoas sem consistência

Como bolhas de sabão,

Vão para aonde sopra o vento

Pois temem ter a própria opinião.


Pessoas meia altura,

Não estão no topo nem ao chão

Mas em cima do muro

Da própria covardia,

Não produzem, não perdem,

Não conhecem glórias,

Nem derrotas,

Visto que, vivem quais urubus,

Se alimentando de restos.

 
 
 

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