Cicerone
- Davi Roballo
- 20 de mai. de 2014
- 1 min de leitura

O poeta foi o primeiro
Espectro inquieto
Que riscou um palito de fósforo
Numa caverna tomada de escuridão
Acabou queimando os dedos
Ao acender um palito no outro
Pois se apaixonou pelo lume
E o usou para clarear o caminho
Que o levou para fora
Da caverna de Platão
E diante da luz do dia
Foi o primeiro a contemplar
Do universo a imensidão
E desde então entusiasmado
Grita, esperneia, escreve
Chamando seus irmãos
Mas poucos ouvem, poucos entendem
Muito poucos lhe dão atenção
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