CONTRAPONTO
- Davi Roballo
- 20 de fev. de 2022
- 1 min de leitura

Dói porque penso,
Dói ainda mais não pensar.
Dói a indecisão,
Dói ainda mais decidir.
Dói andar a esmo sem rumo,
Dói mais ainda percorrer um caminho predefinido.
Dói a falta de amor,
Dói mais ainda amar.
Dói quando batem em minha porta da alma.
Dói mais ainda quando quem bate sou eu.
Dói sonhar o sonho acordado,
Dói mais ainda o sonho não realizado.
Dói a ausência de esperança.
Dói ainda mais esperar.
Dói o barulho do outro,
Dói ainda mais o silêncio.
Dói a solidão,
Dói mais ainda a companhia repleta de ausências.
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