CONTROLE E CONTROLADORES

O sono profundo da irrealidade nos impede de ver o que realmente acontece em volta de cada um de nós.

Chamam de cidades essas masmorras repletas de prisioneiros que de tanto chicote se julgam libertos. Seres confusos com lágrimas entornando dos olhos juram que nessas pocilgas imundas e frias habita a liberdade.

Logo ali fora os ditos loucos de tão lúcidos esbravejam com o intuito de acordar os enclausurados:

Aqueles que são obedecidos raramente obedecem;

Aqueles que confeccionam as leis raramente as cumprem;

Aqueles que proferem as doutrinas religiosas raramente acreditam no que convencem outros a acreditarem

Um ou outro consegue ouvir os brados dos loucos e assim consegue ver as rodas, logo percebe a carruagem, como também identifica quem a traciona e quem controla as rédeas no plácido conforto dos carrascos que controlam a multidão.