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Da reta e das curvas


Pessoas certinhas

Dão-me coceira e certo desespero,

Costumam ser tortas

No início e no fim da linha;

Trazem na alma um caminho torto

Que percorrem na penumbra do anonimato

E escondem de olhos alheios…

Minha insanidade prefere

Que eu viva sem atropelar a vida

Sendo por vezes uma parábola,

Noutras uma curva sinuosa,

Quase nunca uma reta,

Pois a reta impõe fadiga

Pela falta de movimento.

Por viver entre altos e baixos

As vezes sou aclive,

Noutras um declive

Pois sinto enjoos no plano,

Não gosto do que é raso

Prolixo, bestial

Gosto de sabores

E seus extremos:

Doce e sal.

Por gostar de cores, sons e imagens

Prefiro ser essa inconstância

De humores, de comportamentos,

Um louco pecador

Entre tantos santos…

 
 
 

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