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Derradeiro


Um dia ei de cerrar os olhos

Como a noite cobre o dia ao entardecer.

Talvez se desenhe em minha alma o descanso

De quem viveu sem dormir,

Espantado com tudo que sempre via

E ainda mais sedento ficava por ver.

Por ter nascido de olhos abertos,

No dia derradeiro os cerrarei

E aquilo que fui deixará de ser…

Serei apenas uma lembrança,

E como fumaça que desaparece no céu

No tempo ei de esvaecer,

Pois, nada é perene,

Tudo nasce morrendo, desaparecendo

Por que eu, exceção haveria de ser?

 
 
 

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