HUMORES
- Davi Roballo
- 14 de mai. de 2022
- 1 min de leitura
Por meus caminhos,
Por meus atalhos,
Por meus rumos
E por minhas águas,
Às vezes corro feliz, realizado,
Noutras vezes,
Me afogo em minhas mágoas,
Em minhas letras tristes
E meus revezes.
Tão curto se torna o dia
Quando pintado nas telas da alegria
E tão longo
Quando a paisagem é triste e fria.
Há dias em que minha própria sombra atrevida
Ultrapassa meus passos,
Que movem meu corpo
E minha alma combalida.
Dois mundos,
Divisões nas quais firmam-se meus pés:
O abismo e as alturas.
A superfície,
Somente quando preso pela bula,
Pelo frasco e pela drágea,
Que me olham com o olhar
De cima para baixo
Como olha um senhor para seu escravo.
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