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Ler, escrever


Há um deserto

Que se chama poesia

Neste deserto ermo de mim

É que sou todos

Sou os velhos bardos

Sou os menestréis

E os rapsodos

Não conseguiria ter feito poesia

Se não tivesse lido todos

Aqueles que a meus olhos

Deixaram em extasia

Sou um pouco de cada um que li

Sou um conglomerado

De fragmentos de outros

Sou quase nada de mim

Quem lê escreve

Quem não escreve não lê

Na vida para tudo há um impulso

E ler é o impulso do escrever

 
 
 

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