Liberdade
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

Ave que voa
A planar
Em liberdade
Nos céus.
Invejo-te!
Ave sem hora
Veja!
Meu desalento.
Tão atarefado;
Escravo do tempo.
Ave!
Não há luxo
Em teu ninho.
E eu em sacrifício
Por arminho.
Ave livre
Vejo que não
Tens religião
E eu estigma
De pagão.
Ave, não te preocupas
Com o amanhã
E eu, passado, presente
E futuro; grudado
No calcanhar.
Oh ave!
Quanta vaidade
Em minhas plumas.
Voar não posso.
Peso demasiado
A favor
Da gravidade.
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