Lua fagueira
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

Oh! Lua fagueira absoluta,
Que incendeia as madrugadas,
Por onde rolam minhas lágrimas
Que de tantas jaz sua glândula enxuta.
Só mesmo tu és capaz de amar-me
E remendar minha alma despedaçada
Até vê-la desaparecer na aurora,
Velando-me com teus fachos prateados
Que alumiam os cabelos de uma deusa
Que banha-se nua no espelho das aguadas.
Lua fagueira cuide sempre de mim,
Teu solitário encantado admirador,
Que te fita esplêndida no céu sem fim,
Pois é companhia nessa solidão e ardor;
De ser poeta, critico e pensador,
Grifando idéias com penas e afins.
Lua fagueira peço-te:
Mesmo, com este teu filho sofrendo,
Deixa-lhe a alma amável e sempre ligeira
E torna continuamente seu passo acelerado;
Levando-o a outras plagas do conhecimento
Afastando-o das vias do pensamento estagnado.
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