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Museus

Atualizado: 5 de abr. de 2021


Há tanto pó nos museus, visto que, o tempo por lá parou.

Os canhões e as espadas não mais matam, mas carregam consigo a sombra da morte. Velhas cartas ainda manchadas de lágrimas carregam vestígios do velho perfume dos amantes.

Velhos guarda-roupas em madeira trabalhada, além da beleza dos detalhes escondem o testemunho de velhas intimidades,

Olhando bem, com atenção pode se ver a silhueta de um homem nu escondido.

Maquinas de escrever sepultam o silêncio das teclas; Gramofones e toca-discos ostentam imagens pálidas e gritos mudos.

Fotografias apresentam um tempo congelado; Nas armarias a ferrugem se nega a morder os mosquetes e o aço dos sabres, Somente o bolor e o cheiro de mofo são permitidos, pois trazem o perfume do passado.

Nos museus todas as épocas se encontram, somente o futuro, como todo jovem se faz distante dos velhos; Mas isso não se dá por rebeldia ou descaso, apenas não possui pernas robustas para aguentar por muito tempo parado.

Há um museu em cada ser, como em cada sociedade, visto que, tudo é história, Embora cada um tenha uma forma de interpretá-la.

Há um museu em cada ser, pois, cada uma de nossas células deseja eternidade.

 
 
 

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