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O andarilho e sua sombra



Amanheceu o átrio de seu coração

Desde que partiu no longo caminho

Na exploração da própria razão,

Deixou de engolfar a desilusão

Mergulhada na penumbra do cadinho

De fastio e loucura.

Tem já a angustia em não poder tocar

E pegar o que parece fugir do pensamento;

Aflição pela descoberta cotidiana de novos

Conceitos e mundos desconhecidos

A vida prossegue em transformação

Dias se transformando em anos

E minutos em imensidão.

Assim vai o andarilho e sua sombra

Descortinando novos horizontes

Onde brotam canções novas

Grávido de idéias e cambaleante

Dançante com o ribombar da brisa

A rebater seus cabelos esvoaçantes.

Portos, chegadas e partidas

Sem rumo, sem destino

A procura de uma estrela guia

Que lhe encaminhe a si mesmo

Em busca de uma centelha de liberdade

Onde possa descansar das caminhadas

E conquistas nas escadas da vida. 

 
 
 

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