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O deserto EU


Não espere de minha pessoa a mesmice,

A tentativa diurna e a sandice de fingir

Ser aquilo que não sou.

Sou o que meus olhos denunciam:

Um deserto sem longe nem perto;

Sou essa imensidão

Onde nem mesmo eu me acho;

Oásis existem, mas,

Ficam além de meu peito de carne,

Para achá-los,

Terás de tornar-te parte do que sou.

Queres se achegar

Até essa extensa terra árida que sou?

Tudo bem!

Mas ressalto:

Certamente algumas vezes te perderás

Por minhas encruzilhadas

E nas noites se espetará nos espinhos

Que cobrem meu chão;

É o preço a pagar para encontrar-me

N’algum canto de meu próprio coração…

 
 
 

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