Pergaminho da alma
- Davi Roballo
- 14 de jul. de 2016
- 1 min de leitura

Meus passos um dia
Pensaram serem os de Fidípedes
De tão afoitos que eram,
Pisoteavam as flores
Por não perceberem onde pisavam.
Como ninguém consegue viver só correndo,
Agora meus passos só caminham
E quem agradece são meus olhos,
Meus ouvidos, meu faro
E minha boca,
Pois por onde ando
Tudo me invade,
Pois me dei de conta
Que sou parte do todo
E não apenas uma unidade.
Mais à frente já percebo
Lentos meus passos,
Pois terei atingido a velhice,
O pergaminho da alma,
No qual estão escritas
Minhas angústias, alegrias e medos
E em uma página especial
Em letras garrafais
A palavra: SAUDADE!
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