Profundezas
- Davi Roballo
- 19 de jan. de 2015
- 1 min de leitura

Talvez Escreva eu O que não presta O que se tornou entulho em mim Talvez sejam minhas lágrimas Transmutadas em letras Que trazem nas palavras E seus fonemas O próprio sal Daquilo que me tornei Um mar salgado Uma imensidão Onde sou ermo de mim Mas No fundo Bem lá em seu abismo Meu mar deseja A miragem E a ilusão da terra firme Pois O abismo é frio E lá Não há O calor do rebanho No entanto O preço a quem mergulha Em profundidade no homem É não mais voltar a superfície
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