Quarenta anos
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2013
- 1 min de leitura

Quarenta estações se passaram
Num afã por vida consumi
Todos os sóis e as flores
Restaram apenas invernos.
Agora que embarquei
No barco da idade
Entre a paisagem nívea
Procuro dissecar a verdade
Essa raposa felpuda
De mil estratagemas
E arguta esperteza que
Consome meus dias
Em busca de seus rastros
Que se apagam com o nevar
De meus pensares,
Que congelaram
O que fui antes
De ser senhor de mim mesmo
Engravidando
De novos horizontes
Onde no porvir darei a luz
A um novo oásis
Tendo como teto
A aurora boreal
De minha liberdade…
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