top of page
Buscar

Quarenta anos


Quarenta estações se passaram

Num afã por vida consumi

Todos os sóis e as flores

Restaram apenas invernos.

Agora que embarquei

No barco da idade

Entre a paisagem nívea

Procuro dissecar a verdade

Essa raposa felpuda

De mil estratagemas

E arguta esperteza que

Consome meus dias

Em busca de seus rastros

Que se apagam com o nevar

De meus pensares,

Que congelaram

O que fui antes

De ser senhor de mim mesmo

Engravidando

De novos horizontes

Onde no porvir darei a luz

A um novo oásis

Tendo como teto

A aurora boreal

De minha liberdade…

 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page