QUEM SOU? E SE SOU, COMO SOU?
- Davi Roballo
- 11 de fev. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de fev. de 2022

Às vezes não sei se existem os dias
Ou se os dias subsistem,
Pois raramente me sinto
Nesta escala de tempo
De minutos, segundos e horas
Que demarcam a rotação da Terra.
Será que existo ou subsisto?
Pois, quase sempre
Mesmo desperto encontro-me dormindo
E de sobressalto acordo do sono não adormecido
Entre os sussurros de meus segredos.
Temo ser apenas uma represa
De silêncios sufocados,
Temo mais ainda ser aquilo
Que jamais imaginei ser,
Na verdade, temo ser ninguém.
Daqui a pouco tudo acaba
E pouco fiz,
Pois, por mais que faça
Ante olhos alheios
Há sempre de ser pouco.
Não sou nada,
Tudo que fui deixei de ser,
Visto que, sou tudo
E nada sou,
Além do mais,
De tudo que tenho nada é meu,
Sou aquilo em que raramente estou.
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