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Tempestades da vida




Depois da tempestade

Da água e sua umidade

A semente rasga

Com mais vigor a terra

As árvores

E seus galhos ao relento

Depois da tempestade

Do açoite do vento

Das trombas d’água

Estão livres da poeira

Das folhas velhas

E muito bem hidratadas

A árvore madura

A cada luta com o vento

Aprofunda ainda mais

Suas raízes na terra

Seus galhos retorcidos

São seus troféus

E suas cicatrizes

Dessa guerra

A árvore tenra

Aprende desde cedo

Que é de tempestades

E surras do vento

Que se faz uma bela árvore

E que o tempo é indomável

Com ele ninguém pode

Sacode e faz tremer a terra

Mas não impede ninguém

De construir a própria liberdade

 
 
 

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