TERRA DO NUNCA
- Davi Roballo
- 29 de mar. de 2022
- 1 min de leitura

Eu venho daquela terra, na qual, nascem, crescem e morrem os poemas, assim como tudo na vida e fora dela.
Terra estranha, pare poetas e os mantém vivos mesmo depois de mortos.
Sou poeta, não tenho pátria, pois de onde venho não há fronteiras, porque a letra não empunha armas e seus pés não pisoteiam flores.
Terra livre, sem exigência de máscaras e armaduras, terra em que, mesmo fingindo o poeta não finge.
Terra em que os medos são tão pequenos, que se carrega aos montes nos bolsos da coragem.
Terra em que não existem espelhos, visto que, todo espelho reflete o que é passado e lá não existe o tempo.
Venho dessa terra onde os ponteiros do relógio estão presos por um barbante, terra do nunca, terra sem tempo, terra sem instantes.
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