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TOSCO


Coitados dos homens!

No sentido literal do machismo.


Coitados dos homens,

Que tem de delimitarem

As crianças e as mulheres

Por poder e reinarem.


De um alado a inocência que move montanhas,

De outro a inteligência sútil inquestionável,

E no centro a montanha de músculos

Se alimentando da própria ignorância.


Não, não há nada de superioridade

Nos homens,

Mas medo em seus olhares.

Olhos que desdenham,

Enquanto no profundo silêncio

Do anonimato o coração admira

A mulher e os pequenos.


Ah homens!

Sendo homens

Desde a época das cavernas,

Correndo, caçando, disputando, lutando

E desenvolvendo músculos,

Enquanto crianças e mulheres

Estendem um olhar piedoso

Sobre esse brutamonte ignorante.

 
 
 

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