top of page
Buscar

Tributo a bicicleta


Magrela és um esqueleto que roda

Podes ser de aço, alumínio ou carbono É com pés calçados de borracha e ar

Que te pões a me carregar.

É agarrado em teu guidão Sentado em teu selim Que obtenho liberdade

 Pelas ruas da agitada cidade

Ou percorrendo, estradas, trilhas

Aclives e declives de vales

Quando me sentindo rei

Faço-te extensão de meus pés.

Queria ser humanista como tu

Imparcial e amiga bicicleta

Que não escolhes quem te pilotar

Não se importa se negro, branco ou pardo

Somente te pões a rodar.

Perdão se às vezes a poeira,

O barro e a graxa em excesso

Ficam-te dias a grudar.

Escusa-me pela chuva e pelo

Sol que te obrigo a tomar

E se me demoro muito

Ao mecânico te levar.

 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page